20/05/2011 00:51

Caros,

Soube, há pouco, do falecimento da D. Jane, ocorrido ontem, às 18 horas.

Escrevo aqui hoje, portanto, não sobre a protecão animal, mas sobre um ser humano a quem devo muito, por ter ensinado a mim muito do que aprendi sobre a relacão entre ser humano e animais.

Conheci a D. Jane numa madrugada, no Centro de São Paulo. Voltando de um dia longo de trabalho, vi um cão, um Daschhund, correndo pela Avenida Paulista. Decidi seguir o cão e, para fazer uma longa história curta, não fosse pela aparicão da D. Jane, eu jamais teria podido me aproximar do cão. Ela o salvou, e com a humildade que só os grandes de espírito têm, veio agradecer a mim pela ajuda.

De lá até hoje, tive o privilégio de poder ajudar a D. Jane em várias ocasiões, sempre uma ajuda muito menor do que o trabalho desenvolvido por ela no cuidado a qualquer animal que cruzasse seu caminho. Nem sempre pude ajudar, mas defendi a D. Jane de ataques, de ofensas, de preconceitos, sem jamais deixar de dizer da minha admiracão por ela e pelo trabalho que desenvolveu nesses anos todos.

O falecimento da D. Jane, para a protecão animal, é a perda de uma referência. Para os admiradores, como eu, é a perda de um exemplo, de uma mentora na protecão animal. E, para todos nós, é o início da obrigacão de darmos continuidade ao trabalho que a D. Jane iniciou, não abandonando os 300 cães que ela nos deixou, nem deixando de lado os valores que ela pregava.

Peco aos que a criticavam, aos que nao gostavam dela, que respeitem o momento, e a dor dos que a conheceram e a respeitavam. A todos, conclamo a ajudar a darmos destino adequado aos 300 cães que ficam com o falecimento da Dona Jane. Aguardo orientacão da equipe CMA para tanto.

Werner Grau

PINHEIRO NETO ADVOGADOS

São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília - Brasil
www.pinheironeto.com.br